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A cruz como um estilo de vida

  • Foto do escritor: Sarah Pereira
    Sarah Pereira
  • 15 de abr.
  • 2 min de leitura

Há alguns dias, assisti a um vídeo no Instagram de um homem que afirmava ter seguido a Cristo por mais de 50 anos. Seu discurso declarava que ele passou por tantas lutas e orações não respondidas que sua conclusão era: não vale a pena seguir a Jesus. Em sua mente, o Senhor deveria tê-lo recompensado por “tanta dedicação” e a sua vida deveria ter melhorado de alguma forma.


Inicialmente, confesso que foi fácil julgar esse senhor. Como ele pode cobrar ações de Deus? Como ele barganha com o Criador? Só que ao olhar para a minha vida, percebi que também fiz isso algumas vezes.


Desde 2018 tenho sofrido com vários problemas de saúde. Primeiro tive que retirar a tireoide, o que causou o enfraquecimento das paratireoides. Durante 05 anos, tive que tomar muitos remédios, e várias vezes tinha a percepção de que não resolvia nada. Contudo, em minhas devocionais Deus me deu a confirmação em Sua Palavra de que a cura aconteceria. Porém, carregar uma cruz tão pesada enquanto se espera é cansativo, e muitas vezes orei reclamando ao Senhor pela demora.


Depois disso, tive um outro diagnóstico: uma síndrome genética rara chamada Síndrome de Cowden, onde o meu corpo forma nódulos benignos que podem se tornar malignos. A cruz se tornou mais pesada. Viver com essa preocupação constante no fundo da mente é exaustivo e em meio a choros e lamentações, eu também “cobrava” alguma ação de Deus.



Se você carrega uma cruz que parece pesar uma tonelada, eu gostaria de te lembrar algumas coisas: Primeiro, devemos carregá-la. Cristo poderia ter desistido da cruz. A cruz que deveria ter sido minha e sua. Só que Seu amor imensurável e Seu desejo de nos salvar e nos levar ao Pai era tão grande que Ele não abandonou o plano de salvação. Mesmo sem pecado, Ele foi o nosso Cordeiro perfeito e enfrentou uma morte indescritível no nosso lugar.


Cantamos em nossas igrejas: “Levarei eu também minha cruz, té por uma coroa trocar” (Rude Cruz), porém, muitas vezes queremos jogá-la de lado e evitar o sofrimento a qualquer custo. Não podemos esquecer: devemos imitar o nosso Salvador. Em tudo.


Jesus afirmou que devemos negar a nós mesmos diariamente, tomar a nossa cruz e segui-Lo (Lucas 9:23). Isso não significa que será fácil ou que você não se frustrará. Mas o nosso Pai entende isso, tanto que colocou em Sua Palavra salmos de lamentações (39 e 88) que terminam com desespero e raiva em relação ao Senhor. Ele é um Deus de graça e compreende como falamos quando estamos desesperados. Ele continua sendo nosso Deus mesmo quando não sabemos nem mesmo sentir ou orar.


Então, se não podemos nos livrar da cruz, como nos livramos desses sentimentos? Elisabeth Elliot respondeu de uma maneira incrível: "não nos livramos deles. Nós os oferecemos a Deus, vez após vez."


Minha oração é que os seus problemas te façam permanecer perto da cruz e te mostrem que você precisa de Deus. Que os seus dias ruins mostrem que Ele é bom. Que toda a sua vida mostre a bondade do Pai. Permaneça Nele! 

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