O que a cruz de Cristo significa para mim

A Cruz de Cristo me definiu!

Eu era uma criança que buscava respostas para 3 perguntas existenciais: “De onde vim?”, “Para onde vou?” e “O que estou fazendo aqui?”. Eu cresci com inquietações e angústias sobre as respostas a essas questões. O natural da infância inicial marcada por descobertas e uma alegria intensa de viver, foi aos poucos cedendo espaço para dúvidas que se transformaram em buscas pelo sentido do meu viver. Em outros textos eu contarei mais sobre essa intensa jornada. Eu procurava em lugares, pessoas, experiências e, na minha pré adolescência, comecei a andar pelas religiões. Onde um vizinho confiável fosse praticar a sua fé, lá iria a minha menina. Queria mais do que respostas, queria sossego para a alma que na adolescência começou a sofrer.

A Cruz de Cristo apareceu para mim!

Jesus surgiu em uma dessas visitas. O primeiro momento que ouvi falar sobre Ele, era o Cristo, símbolo de uma religião. Percebi que tinha “uma pequena luz” naquele túnel de questões e ansiedades. Iniciei um mergulho, que aos poucos foi se tornando mais profundo e meus dias estavam sendo tomados por aquela nova realidade. Eu queria mais! E navegando por novos oceanos da fé eu experimentei uma “conversão” de vida.

Quem me olhasse nas ruas perguntava o que havia acontecido comigo. Eu estava diferente. O olhar, as vestes, os lugares que frequentava, os assuntos que falava. Me lembro de uma noite de segunda, no meu quarto azul floral de adolescente, quando percebi a imersão na qual eu estava e colapsei em um choro em “busca da verdade”. Em oração eu perguntava: “Você é a verdade Jesus? Eu não posso errar! Não posso colocar toda a minha esperança em algo que não seja real!” E pranteava sentada na minha cama, com o desespero de imaginar a possibilidade de que Cristo não fosse “A Verdade”. Minha mente questionava como Cristo poderia ser o Único Deus. Como as pessoas poderiam ser alcançadas pelas escrituras em lugares como tribos? Precisariam ler a Bíblia para ter acesso a Jesus? Me emociona escrever sobre a lembrança deste dia.

De repente eu recebi uma ligação telefônica (lágrimas…). Era a minha prima de São Paulo. Carol e sua família eram, na ocasião, a única referência cristã familiar que serviam a Jesus. Ela me disse: “Ontem no culto da minha Igreja Deus me deu um texto para compartilhar com você. E leu 2 Coríntios 3:3-8 e eu chorei como se o próprio Deus estivesse entrando no meu quarto e me respondendo às questões que angustiavam o coração. Eu fui lavada na alma e chorava de gratidão ao receber uma tradução simultânea do Espírito de Deus para trechos como os que relato a seguir:

“vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.”, “ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito, porque a letra mata e o espírito vivifica”.

O meu espírito entendeu tudo. Jesus Cristo, vivo e ressurreto, estava ali me respondendo. Essa experiência foi um divisor na minha história com Ele. 

A Cruz de Cristo me resgatou!

Posso dizer de forma literal que Ele mudou a minha sorte, tomou as minhas enfermidades e dores em um processo contínuo de relacionamento genuíno. O castigo que Ele recebeu me devolveu a paz. Mas superior a isso, Cristo me deu uma identidade, propósitos e um destino. Minha vida tem um AC e um DC. Literalmente posso afirmar que: hoje vivo não mais eu, mas Cristo vive através de mim.

Todos os meus dias carregam escolhas minhas, mas são guiadas por Ele. Ele foi e é a minha saída e ressurreição.